O convite da sabedoria

O cristianismo é uma religião aprendida.

Nota: O seguinte artigo é do nosso irmão e amigo Michael Brooks, que está a caminho de Bangladesh para treinar obreiros. Ele passa seis meses a cada ano nesse país e no Nepal. Pediu-nos orações pelo seu trabalho.

“A sabedoria está clamando, o discernimento ergue a sua voz” Provérbios 8.1, NVI.

Quantas vezes já ouvimos alguém dizer: “Não consigo entender a Bíblia (ou algum outro assunto qualquer); eu simplesmente não sou inteligente como alguns são”? Certamente nem todas as mentes têm as mesmas capacidades inatas, nem todas as pessoas têm as mesmas oportunidades de aprendizado. Mas é falso e destrutivo presumir que isso condena alguns à ignorância ou os isenta de tentar aumentar seu conhecimento.

Salomão afirma que a sabedoria não está apenas disponível, mas que “ela” busca ativamente nos iluminar e guiar. Em Provérbios 8, ele descreve a sabedoria como uma mulher em pé em lugares proeminentes proclamando em voz alta: “A vocês, homens, eu clamo; a todos levanto a minha voz. Vocês, inexperientes, adquiram a prudência; e vocês, tolos, tenham bom senso” Provérbios 8.2-5. Mesmo os inexperientes e tolos podem aprender e são encorajados a fazê-lo.

É importante perceber que a sabedoria não é sinônimo de inteligência ou conhecimento. Nem todo mundo tem o mesmo QI, e a capacidade cerebral de cada um obviamente afetará a qualidade e a quantidade da informação que ele ou ela é capaz de absorver e processar.

Da mesma forma, o conhecimento é simplesmente o acúmulo de informações. Não inclui necessariamente a capacidade de aplicar as coisas aprendidas a circunstâncias e necessidades particulares. Conhecimento e sabedoria são atributos distintos, ambos essenciais para o entendimento correto.

Independentemente dessas distinções, o conceito-chave é que a sabedoria não é inerente à humanidade; é uma característica adquirida que está disponível para todos (exceto aqueles que são deficientes mentais). É um falso refúgio confiar em nossa suposta “falta de inteligência” para nos desculpar da necessidade de estudar nossas Bíblias e aumentar o conhecimento de Deus e de sua vontade.

O cristianismo é uma religião aprendida, Efésios 4.20-24. Ninguém pode chegar à fé em Deus e em Cristo sem ser ensinado, Romanos 10.13-17. Tampouco se pode progredir espiritualmente sem a renovação da mente Romanos 12.2, e aprendizado contínuo “para a perfeição” Hebreus 5.11-6.3.

As cartas de Paulo geralmente incluem exortações e orações para que seus leitores cresçam em conhecimento, sabedoria e entendimento, Colossenses 1.9. Tudo isso é para enfatizar que a afirmação de Salomão sobre a disponibilidade da sabedoria é apoiada por toda a Bíblia. Independentemente de nosso conhecimento atual ou da falta dele, e de nosso estado de inteligência percebida, podemos aprender mais sobre Deus, Cristo, a igreja e a vontade de Deus para nós. E ele espera que façamos isso e nos responsabiliza por nossos esforços.

Estudar não é fácil. Paulo exortou Timóteo: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade” 2 Timóteo 2.15. Que isso inclui familiaridade com a palavra de Deus é óbvio no texto. Em outro lugar ele ordenou,

“Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina, perseverando nesses deveres, pois, agindo assim, você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem”.

O pregador estuda para poder ensinar a verdade. Fazer isso dá oportunidade de salvação aos seus ouvintes e aumenta sua própria esperança de agradar a Deus. Este princípio se aplica não apenas àqueles que ensinam nas congregações ou viajam para campos missionários – ele se aplica a todo cristão. Vamos todos “discernir prudência e sabedoria”, para que possamos fortalecer nossa própria fé e ajudar outros a fazer o mesmo.

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