Por essa razão, torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. 2 Timóteo 1.6.
Um comentarista bíblico disse que Paulo encorajava Timóteo a ser ousado e a não fugir do confronto. Pelo que se pode perceber das duas cartas a ele, Timóteo tinha tendência a ser medroso, até covarde, na hora do confronto. Deixava se levar nas discussões.
O medo se concentra no futuro próximo ou numa vaga consequência prejudicial ainda por se revelar. Paulo chama seu filho na fé a lembrar do passado—especificamente, o momento em que recebeu o dom (serviço no evangelho?) de Deus quando ele impôs as mãos nele. A memória reforça o serviço presente.
Por que alguém perderia o ânimo e deixaria morrer seu compromisso de servir a Deus? A carta revela dois motivos: as “conquistas crescentes dos falsos mestres” e as “deserções crescentes de vários tipos” (Fee 239), isto é, o abandono da fé por parte de muitos discípulos. Os mesmos motivos ainda desanimam muitos hoje.
Por isso, é preciso manter vivo o compromisso de exercer o serviço para o qual Deus nos chama. A imagem que Paulo usa é a de uma chama prestes a se apagar. Timóteo tem de dar atenção à comissão que tinha recebido. Era necessário abanar a chama, alimentar o fogo, retornar aos motivos da sua escolha, renovar a sua dedicação à tarefa.
Quando nós, como discípulos individuais, fizermos isso, a igreja sentirá a diferença. Ela será diferente. Será o que Deus quer e ele poderá usá-la para trazer à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho.
Senhor Deus, conserva em mim o dom que recebi no início, para seu agrado e para a glória do Reino.
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Infelizmente, esta realidade ainda se pode observar nos dias de hoje.