Ninguém dizia que as coisas que possuía eram somente suas, Atos 4.32 NTLH.
No texto acima, a NTLH traduziu literalmente, e para bom efeito, o verbo: “dizia”. A NBP também segue com a tradução literal. O termo grego original é o simples lego. A NVI, NAA e TEB verteram como “considerava”; a NBV, como “pensava”.
Também verteu assim a NVT numa frase mais parafrástica: “Ninguém se considerava dono de seus bens”. Esta frase é bem melhor do que a versão americana, a New living translation, que serviu de “ponto de partida” para a produção da NVT.
Darei a frase da versão americana NLT em inglês e, depois, a minha tradução para o português: “And they felt that what they owned was not their own”. “E eles sentiam que o que possuíam não pertencia a eles”.
Talvez não se deva criar um caso maior do que existe sobre o verbo “sentir” neste texto, mas os tradutores da NVT acharam importante o suficiente para mudá-lo na hora de fazer a versão brasileira.
O ponto é o seguinte: o homem de hoje insere os sentimentos e as emoções onde não existem e não devem aparecer. O texto em inglês inseriu a ideia de sentir algo. O texto grego original não diz nada neste sentido, tanto que os tradutores da NVT mudaram o termo.
“Sentir” tomou o lugar de pensar e decidir. As pessoas de hoje vivem pelos sentimentos. Os cristãos não podem fazer isso. Sua fé se baseia no ouvir a Palavra de Deus, compreendê-la e explicá-la. A mente é primordial. A prática parte dessa compreensão. O “dizer” da primeira igreja, expressão da sua conclusão, levou à partilha dos seus bens.
A compaixão, a misericórdia e a afeição fraternal têm lugar importante no evangelho. Os sentimentos não são ignorados dentro do plano divino. Contudo, elas são sempre impulsionadas, guiadas, sustentadas e controladas pela verdade do evangelho.