No esforço contínuo para tirar arquivos e papéis do escritório, mais uma pilha foi despachada para a lixeira no último sábado. Um item que foi salvo, por enquanto, de ser lançado fora foi um antigo esboço sobre Jesus em Lucas 19. É tão antigo que foi feito em uma máquina de escrever.
O título do esboço é “O Ideal é Real”. O texto, Lucas 19.28-44. Os três pontos lista que Jesus nos deu, no seu exemplo, e nos dará:
- A capacidade de prosseguir (vontade) 19.28-40
- A capacidade de chorar (emoção) 19.41
- A capacidade de ver (mente) 19.42-44
Um dos pontos finais é este: “O melhor, o ideal, o real, é encontrado na caminhada ao lado de Jesus”. (Você pode ver uma foto dele aqui.)
O título chamou minha atenção porque hoje em dia o conceito do “ideal” está sendo usado para justificar a não obediência. Ouvi isso há quase 40 anos de um religioso batista. Agora está sendo usado pelo nosso próprio povo para isentar outros da necessidade de obedecer a tudo o que Jesus ordenou, Mt 28.20.
A essência do argumento é a seguinte: O Novo Testamento nos dá o ideal do plano de Deus. Mas nunca poderemos alcançá-lo. A misericórdia de Deus cobrirá o que você acha difícil de obedecer. Você está vivendo um casamento adúltero? A palavra de Deus parece difícil de aplicar neste caso ou em outras situações? Relaxe! Ele nos dá o ideal. Conte com Deus para ser misericordioso.
Isso não parece reconfortante?
Só que este apelo é um conceito totalmente estranho à Bíblia. A palavra “ideal” não aparece nas Escrituras. O Sermão da Montanha não é um sonho ilusório. A obediência deve ser completa. A misericórdia não mudará o que Deus disse que faria, nem as condições do perdão.
O que é oferecido pelo conceito do ideal é o que um autor chamou de graça barata. Isso mina o custo de seguir a Cristo. Permite que o pecado permaneça abrigado no coração. Transforma o sacrifício de Cristo numa licença para o egoísmo.
Em vez de um ideal inatingível, Jesus nos traz a vida real, a santidade real, a experiência real de caminhar na luz. Podemos ser como ele. Podemos segui-lo. Podemos obedecê-lo. Ao fazer isso, podemos glorificar a Deus e mostrar o caminho aos outros.
O ideal, na verdade, é real.