Já pela segunda vez em pouco tempo surgiu uma dúvida quanto à amplitude da afirmação e promessa do Senhor Jesus em Mateus 18.20: “Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”.
Refere-se a frase estritamente ao contexto de reunir para a correção de irmão, ou pode-se ler em sentido mais amplo?
Na primeira vez que respondi, fiz por áudio e incluo abaixo, editado, de forma que respeita o contexto mas mostra ainda na progressão da fala de Jesus uma ampliação da aplicação.
No verso 20 Jesus faz uma afirmação geral. O contexto específico e a aplicação no momento não cancelam a veracidade da sua afirmação geral. Pois quem diria que poderia haver situação qualquer em que não fosse verdadeira: “Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”?
Quem quer restringir esta promessa de Jesus tem alguma agenda a defender. Convém desvendar qual a agenda sendo defendida ou promovida.
É possível utilizar de forma inadequada este verso? Provavelmente. Talvez alguém queira se ausentar das reuniões da congregação alegando que um número mínimo (um casal, talvez) seja suficiente para adorar a Deus. Em tais casos, é importante ver a motivação por trás da afirmação. Às vezes, há conflitos que fazem com que alguns fujam dos irmãos.
Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que, frequentemente, Deus começa suas obras na terra com pouca gente. Para uma viagem missionária, o Espírito Santo escolheu, de forma direta e ordenada, apenas dois, Atos 13.1-3. Jesus enviou obreiros de dois em dois. A missão de Cristo para salvar outros tem a garantia da presença dele, Mateus 28.19-20, mesmo (especialmente?) com número mínimo.
Boa conclusão é o comentário do irmão B.J. Johnson: “Dois constituirão uma irmandade cristã. As orações unidas dessa irmandade para qualquer objetivo legítimo serão ouvidas. A garantia disso é encontrada no fato de que Cristo estará presente onde quer que dois ou três estejam reunidos em seu nome. Suas orações unidas ascenderão, tornadas poderosas pela intercessão do Filho de Deus. Por sua presença, ela se torna a oração dele também”.