PARA MEMORIZAR E PENSAR, DE VALDIR JOSÉ DA SILVA
“Enquanto seguiam pelo caminho, alguém disse a Jesus: — Vou segui-lo para onde quer que o senhor for.” Lucas 9.57
“A outro Jesus disse: — Siga-me! Mas ele respondeu: — Senhor, deixe-me ir primeiro sepultar o meu pai.” Lucas 9.59
“Outro lhe disse: — Senhor, quero segui-lo, mas permita que antes disso eu me despeça das pessoas da minha casa.” Lucas 9.61
Num mundo onde a religião predomina e afirmar que segue-se a Jesus tem quase um efeito nulo na vida das pessoas, sua maneira de viver e seus valores, os desafios de Jesus são chocantes. É o preço de ser discípulo do Mestre. Há condições a serem seguidas e o candidato a discípulo deve pensar nelas.
São três os candidatos e parece que nenhum deles pensou no que significava seguir a Jesus, especialmente o primeiro. Claro que em parte, para entendermos, precisamos contextualizar o texto. Por três anos literalmente Jesus "não tinha onde reclinar a cabeça" e os seus discípulos também, pois, além dos 12, muitos outros o seguiam, como os 70 que serão relatados a seguir (capítulo 10) e ainda as mulheres (8.1-3).
A questão no chamado a seguir ao Senhor, olhando para o segundo e terceiro candidato está no "mas". Sim, vou segui-lo, "mas" deixe, primeiro, sepultar meu pai ou despedir da minha família. Não precisamos levar ao pé da letra as justificativas, apesar de alguns dizerem que o homem queria primeiro passar pela perda do pai para depois seguir ao Senhor ou que o sepultamento envolvia um longo período. A questão aí está em que para seguir a Jesus, precisa coloca-lo, bem como seus valores em primeiro lugar na vida, Mateus 6.33.
Especialmente no evangelho de Lucas somos desafios por Jesus a responder: "Quem é o grande amor de nossa vida?" Por isso o desafio dele chega a nos escandalizar.
“Se alguém vem a mim e não me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” Lucas 14.26
Veja que não é apenas o pai, mas nossos principais relacionamentos aqui na terra e até mesmo nossa vida, deve estar em segundo plano. Foi um desafio e tanto no tempo de Jesus e creio ser um desafio ainda maior hoje: colocar Jesus e seu reino como nossa prioridade.
Um dia Deus perguntou a Abraão: "Quem é o grande amor de sua vida?" Será seu filho Isaac, com cerca de 15 anos, que você tanto esperou? Ao topar sacrificar seu filho, Abraão respondeu, não com palavras, mas com atitudes quem era o grande amor de sua vida.
Quando Deus é nosso centro nos relacionamentos, ao invés de negligenciarmos os familiares ou nós mesmos, passamos a ter relacionamentos saudáveis, pois deixamos de fazer dos nossos familiares nossos "deuses". Consigo lembrar de pais que fazem dos filhos seus "deuses" e de pessoas que fazem o mesmo dos seus cônjuges. Jesus em primeiro lugar nos traz paz e equilíbrio em todos os nossos demais relacionamentos.
E nós, como estamos em nosso seguir a Jesus? Existem muitos "mas" e reservas em nos dedicarmos ao Senhor e seu reino? É sobre isso que nos desafia o texto de hoje. Bom dia.
Esta reflexão foi publicada ontem na lista de Valdir no Telegram. Assine a lista dele você também neste link: t.me/reflexoesbiblia
2 Comments
Randal, muito obrigado por compartilhar. Tenho falado sobre esse assunto nos Pimentas.
Fico feliz em poder compartilhar. É preciso que a gente fale mais e mais. Deus não quer comunidades mornas.