Parou aqui? Por quê?

Valdir parou neste ponto porque ele conhece bem as Escrituras.

Esta manhã, o irmão Valdir José da Silva publicou uma bela reflexão sobre Lucas 23.18-19, na sua série: “Para memorizar e pensar”. Ele escreveu:

“Toda vez que alguém se converte, arrepende-se dos seus pecados, confessa Jesus como Senhor e é mergulhado nas águas, está se reproduzindo o que aconteceu no julgamento de Jesus: o justo e santo paga o preço dos pecados do injusto e pecador. Para uma pessoa ser salva precisa ter seus olhos abertos por Deus para reconhecer essa realidade: merece a morte e o inferno, mas aceita com gratidão o sacrifício de um justo por ela, Jesus Cristo”.

Lendo a reflexão dele, pensei comigo (um desses pensamentos meio fora do contexto da leitura): Alguém que não ouviu ainda o verdadeiro evangelho poderia perguntar por que Valdir parou no “mergulho nas águas” quando queria falar da conversão e da salvação.

Alguns pensariam que ele devia ter parado antes, pois excluiriam tudo que Valdir mencionou: o arrependimento, a confissão e a imersão. Ficariam somente com a fé. Achariam suficiente a fé, e achariam Valdir errado. Por sinal, Valdir nem mencionou a fé, mas, como em Atos 2, a pressupunha.

Outros poderiam achar que Valdir parou antes da hora. Não mencionou a fidelidade, as obras para as quais o cristão é criado, o crescimento necessário do discípulo. Agora, pouca gente fala mais dessas coisas do que Valdir, mas ele, neste contexto, não as mencionou. Por quê?

Não estou querendo polemizar este parágrafo de Valdir. Não há nada inadequado ou fora do lugar na meditação dele. Quero, sim, enfatizar por que ele parou no ponto da imersão.

Valdir parou neste ponto porque ele conhece bem as Escrituras. Elas mostram que a “troca” do justo e injusto, como a troca de Barrabás por Jesus, ocorre no momento da imersão na água. Na imersão, recebemos os benefícios do sacrifício de Jesus. Na imersão, ele nos liberta dos pecados pelo seu sofrimento. Na cruz, Jesus tomou nosso lugar, em potencial, e na imersão ele paga a nossa conta, ele ocupa de fato o papel de Cordeiro em relação à pessoa sendo imersa.

A cena entre Pilatos e os judeus a respeito da crucificação do Mestre e a soltura de Barrabás nos fornece contexto para entender a Cruz. E a imersão na água torna realidade para o obediente a soltura, isto é, a remissão dos nossos pecados.

Parabéns, Valdir!

Leia as meditações de Valdir no Telegram ou no WhatsApp. Leia também o livro dele: Rejeição: Casos de não conversão no livro de Atos.

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One Comment

Comment 2024-02-02

Randal, irmão, muito obrigado pelo comentário. Fez-me refletir na importância dessas reflexões e o quanto da responsabilidade de comentar a Palavra de Deus, que precisa ser compreensível a todos. Agradeço o apoio na divulgação e também nos comentários seus para aperfeiçoamento.