Em aula bíblica recentemente, o irmão Rusty Hilliard, de Haines City, na Flórida, iniciou seu estudo citando o trecho do sermão do monte, em Mateus 7.13-14. Jesus disse:
—Entrem pelo portão estreito! Pois largo é o portão e fácil de passar o caminho que conduz à perdição e muita gente anda por ela. Pois estreito é o portão e apertado o caminho que conduz para a vida e pouca gente encontra essa estrada! (VFL)
Depois, Rusty disse: “É realmente simples. Os princípios básicos nunca mudam”. E ainda acrescentou: “Não é preciso ser um gênio para entender a Bíblia; é preciso fazer esforço”.
Alguns irmãos querem tomar passos maiores que as pernas. Talvez porque valorizem o lado intelectual da fé. No Brasil, o diploma é tudo. A falta de educação é tida como o grande problema da sociedade. São valorizados os intelectuais, mas não os professores, se é que dá para entender isso. A sociedade é assim elitizada.
Dessa maneira, a Boa Nova de Cristo nada tem a ver com as sociedades do mundo. É só ler o primeiro capítulo de 1 Coríntios para sentir a distância entre elas. A igreja de Deus, porém, não está resistindo à tentação da elitização da Boa Nova.
Rusty disse que é preciso fazer esforço. Não se quer recompensar a preguiça. A compreensão não vai ocorrer com um raio caído do céu. Deus não fala no ouvido, nem aparece numa visão. As Escrituras estão nas nossas mãos. Convidam-nos a investigá-las. Contêm as riquezas espirituais de Cristo. Exigem cuidados para manejá-las corretamente.
Ao mesmo tempo, o básico está dentro do alcance de todos. Deus quer salvar todos. Sua vontade é o arrependimento de todos. Todos, portanto, podem entender e explicar o plano de salvaçao.
A Boa Nova foi projetada para toda parte, ou todo aspecto, do ser humano. A mente pode entender. A vontade deve decidir (retorne à passagem inicial). O sentimento se alegra com a experiência com Deus. O esforço participa da obra do Senhor. O propósito tem uma definição clara e específica.
Uma das coisas impressionantes sobre a Boa Nova no livro de Atos é quantas vezes as pessoas obedecem ao mandamento de Cristo depois de uma única mensagem. Mesmo que o Maligno tenha procurado complicar a simplicidade da mensagem divina, ela ainda pode ser apresentada com clareza, quando ensinamos o básico.
Temos uma grande vantagem sobre os antigos: Nas nossas mãos temos a Bíblia completa, o Novo Testamento por inteiro, a chegada da revelação completa de Deus. Ainda mais, a família de Deus tem sido definida de forma tão clara que a sua identificação mostra a podridão das denominações.
A suficiência de Cristo mostra a falência dos sistemas religiosos que multiplicam autoridades, poderes e figuras religiosas, ajudas e ídolos e recursos que nada têm a ver com a simplicidade da Boa Nova. Quando mostramos que a nossa mensagem que se concentra em Jesus condiz com a vida simples que levamos nele, teremos uma combinação perfeita e atraente. Mas o tentador quer nos afastar dessa integridade. O processo da restauração continua.
Cada vez mais, Satanás está tirando da congregação dos irmãos o foco da obra de Deus. Temos que resisti-lo. É necessário fortalecer cada comunidade dos discípulos. A multiplicação das comunidades é uma das chaves principais para este fortalecimento. A dinâmica da Boa Nova tem de ser utilizada e não cancelada.
Irmãos e amigos, ainda é preciso voltar para o básico. Ainda não descartamos por completo as complicações religiosas. Somente pelo retorno ao básico será possível crescer na fé, desenvolver os dons, servir pelo poder de Deus, aumentar o número de discípulos e comunidades e glorificar o nome de Cristo.
É realmente simples. Porque o básico não muda. Nós é que precisamos mudar para ele.