Informe a igreja

Uma característica maravilhosa sobre a igreja do Senhor Jesus é sua maneira de lidar com o pecado no seu meio.

Somente Mateus, das quatro narrativas sobre Jesus, utiliza a palavra “igreja”. Na primeira vez Jesus promete estabelecer a sua igreja, Mateus 16.18. Na segunda vez, Jesus, novamente, fala da igreja em Mateus 18.17 e utiliza por duas vezes o termo no final de um processo de disciplina e correção entre os discípulos:

Mas se ele não der atenção nem mesmo a elas, informe a igreja. E se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como um pagão ou como um coletor de impostos. Mateus 18.17 VFL.

Jesus estabeleceu três etapas no esforço de recuperar o irmão no pecado: ir sozinho, levar duas ou três testemunhas, envolver toda a igreja.

Este processo nos informa muito sobre a igreja que pertence ao Senhor:

Sua pureza

A igreja é santa. Dentro dela, não se pode tolerar o pecado. Na aliança antiga, um motivo pela rejeição por parte do Senhor foi a sua imoralidade, idolatria, ingratidão e ignorância dos mandamentos.

Como filhos de Deus a santidade dele deve ser preservada e demonstrada. Pedro cita Levítico ao escrever:

Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo. Porque as Escrituras Sagradas dizem: “Sejam santos porque eu sou santo.” Quando oram a Deus, vocês o chamam de Pai, ele que julga com igualdade as pessoas, de acordo com o que cada uma tem feito. Portanto, durante o resto da vida de vocês aqui na terra tenham respeito a ele. 1Pedro 1.15-17 NTLH.

Pessoas que recusam a arrepender-se devem ser excluídas da comunhão da igreja. Paulo disse sobre um homem imoral em Corinto: “Como dizem as Escrituras Sagradas: ‘Expulsem do meio de vocês esse homem imoral’” 1Coríntios 5.1-13.

Isso para possivelmente recuperar a pessoa presa pelo pecado e preservar a santidade da congregação.

Sua transparência

Tudo deve ser tratado com honestidade e transparência. Não deve esconder o pecado, nem ser conivente com ele.

A confissão do pecado deve ser tão pública quanto o conhecimento dele no meio da congregação. Esta é uma boa regra de via. Mas a tendência é tentar limitar o estrago no meio da igreja. Isso quase garante que, a longo prazo, o estrago será maior, pois os guias ou obreiros da congregação acabam acobertando o mal e, uma hora ou outra, os pecados ficarão evidentes, 1Timóteo 5.24-25.

Melhor é todos sentirem na hora vergonha do que ser responsáveis por um escândalo que afastará mais gente.

Seu amor

O amor toma decisões duras. O amor confronta, sem passar a mão na cabeça. O amor é tolerante e paciente, mas isso não significa que se deve deixar o pecado continuar no meio da congregação.

Até entre os anciãos, o pecado deve ser exposto. Paulo instruiu Timóteo: “Repreenda publicamente os presbíteros que cometem pecados, para que os outros fiquem com medo” 1Timóteo 5.20. Nada de tratar em sala de portas trancadas. O amor por todos os irmãos fala a verdade. Não devemos ser

como crianças, arrastados pelas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas. Essas pessoas inventam mentiras e, por meio delas, levam outros para caminhos errados. Pelo contrário, falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça. Efésios 4.14-15.

O crescimento ocorre quando falamos a verdade em amor.

Informe a igreja

A igreja não é bem servida quando pecadores são deixados e permitidos que continuam na transgressão. A verdade é comprometida quando não há confronto amoroso. (Pense em Gálatas 2.5, 14.)

Tampouco se pode edificar a igreja de Deus colocando como exemplos homens cujas vidas foram vividas na rebeldia, na imoralidade, na mentira e na desgraça. Nunca a mentira serve a causa da verdade.

Convidamos nossos amigos que são de fora para investigar esta maravilhosa característica da igreja de Deus, a de tratar de forma aberta e honesta quando no seu meio aparece alguém no pecado.

Essa característica é tão importante que o evangelho de Mateus utiliza por duas vezes a palavra “igreja” para descrever o processo da disciplina e correção.

O mundo religioso e seus líderes vivem no pecado; a igreja de Deus, se quiser continuar sendo igreja, obedecerá às ordens do seu Mestre.

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