POR WARREN BALDWIN
Voltei-me para ver quem falava comigo. Voltando-me, vi sete candelabros de ouro e entre os candelabros alguém “semelhante a um filho de homem”, com uma veste que chegava aos seus pés e um cinturão de ouro ao redor do peito. Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, tão brancos quanto a neve, e seus olhos eram como chama de fogo. Seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente e sua voz como o som de muitas águas. Tinha em sua mão direita sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes. Sua face era como o sol quando brilha em todo o seu fulgor. Quando o vi, caí aos seus pés como morto. Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: “Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último”. Apocalipse 1.12-17 NVI.
“Ele não era nada como eu esperava que fosse”. As pessoas costumam dizer isso depois de conhecer uma pessoa famosa. Eles podem esperar que ele seja tão arrogante quanto o veem nos filmes, mas ele acaba sendo muito humilde e gentil. Ou eles podem esperar que ela seja tão legal quanto nos filmes, mas ela acaba sendo tudo menos gentil. A expectativa é abalada pela realidade, pelo menos nesse compromisso específico. “Ela não era nada como eu esperava que ela fosse”.
Eu gostaria de conhecer Jesus, especialmente como o vejo retratado nos evangelhos. Cura. Atenção. Pregação. Saudar os doentes e acolher os jovens. Esse é o Jesus que os evangelhos querem que vejamos, aquele que trouxe a essência do céu à terra, aquele que faz a vontade do céu na terra, para que possamos saborear o esplendor celestial. Esse é Jesus. Acho que correria para encontrá-lo, apertaria sua mão e conversaria com ele.
Mas, e se encontrarmos o Jesus que João conheceu? Ele seria o que esperamos? “Quando o vi, caí a seus pés como se estivesse morto”, escreveu John. Por quê?
Veja a descrição que esses versículos do Apocalipse nos dão de Jesus.
- Ele usava um longo manto e uma faixa dourada, talvez como um rei usaria.
- Seus cabelos eram brancos como a neve, talvez indicando pureza.
- Seus olhos eram como chamas de fogo.
- Seus pés eram como bronze purificado no fogo.
- Quando ele falou, sua voz era estrondosa, como um rio barulhento.
- Ele segurava sete estrelas na mão direita.
- Da sua boca saiu uma espada de dois gumes.
- Seu rosto brilhava como o sol.
Não admira que John tenha caído. Este não era o Jesus que ele esperava encontrar.
Esta não é a imagem de Jesus que se inclina para abraçar as crianças pequenas. Esta não é a imagem de Jesus que perguntou aos doentes: “O que há de errado? Como posso ajudar?”
Não, esta imagem de Jesus não é a do milagreiro que veio para ministrar, curar e encorajar com carinho e graça. A imagem que temos de Jesus em Apocalipse 1 é a de um líder feroz, talvez até de um guerreiro. A espada de dois gumes nos informa que Jesus está pronto para algum tipo de negócio sério. Julgamento contra seus inimigos? Contra os eternos inimigos do céu?
O Jesus dos evangelhos atraiu multidões de pessoas. O Jesus de Apocalipse 1 fez com que os homens caíssem de medo.
O mesmo Jesus. O Salvador. Aquele que nos chama a todos para o Pai. Mas também aquele que vem lutar contra o mal.
Neste momento, vivemos o tempo com o gracioso Jesus que nos chama para ele. Vamos ouvi-lo. Vamos segui-lo e obedecê-lo.
Quando Jesus vier com essa espada, não queremos estar do lado do mal. Sejamos aqueles que seguem e a quem ele dirá: “Não tenha medo” Apocalipse 1.17b.
Warren é um evangelista americano. Seu artigo foi publicado no seu informativo semanal.