Quem tem o Espírito Santo na sua vida possui a alegria inigualável de Deus: “Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, (…)” Gálatas 5.22.
O capítulo 15 de Lucas contém três parábolas sobre coisas perdidas. O que elas têm em comum é a alegria celestial quando o objeto de interesse (moeda, ovelha, filho) é encontrado. A alegria do Espírito Santo nada tem a ver com a do mundo. Disney nada tem para oferecer neste campo. Nenhum dinheiro pode comprar, nenhuma viagem pode iluminar.
Que tipo de alegria pertence aos santos? Consideremos estes quatro aspectos.
#1. A ALEGRIA DA PRESENÇA DE DEUS
Fomos criados para viver na presença de Deus. As três parábolas de Cristo em Lucas 15, mencionadas acima, enfatizam a alegria de ser encontrado e restaurado o que estava perdido. O ser humano está perdido, por causa dos seus pecados. Eu e você. Nada mais animador do que voltar para casa, isto é, para o amor e a comunhão com Deus.
Os israelitas fiéis entenderam como era alegria estar junto de Deus:
É melhor passar um dia no teu Templo do que mil dias em qualquer outro lugar. Eu gostaria mais de ficar no portão de entrada da casa do meu Deus do que morar nas casas dos maus. Salmo 84.10.
Deus prometeu estar presente com o povo e os fiéis se alegraram com isso:
Tu me mostras o caminho que leva à vida. A tua presença me enche de alegria e me traz felicidade para sempre. Salmo 16.11. Ver 17.15.
Era exatamente o que o povo procurava:
Ó Deus, tu és o meu Deus; procuro estar na tua presença. Todo o meu ser deseja estar contigo; eu tenho sede de ti como uma terra cansada, seca e sem água. Salmo 63.1.
Por isso é que o povo de Deus se santifica e obedece aos mandamentos, para viver na presença divina: “Os que te obedecem certamente te louvarão e os que são corretos viverão na tua presença” Salmo 140.13.
#2. A ALEGRIA DO PROPÓSITO E DA PARTICIPAÇÃO
Nossa vida tem significado neste mundo. Temos razão de existir. Em Cristo entramos no grande propósito salvador do Soberano.
Mais ainda, participamos com Deus deste propósito e com sua família da fé. A vontade dele se torna nossa e, juntos, esforçamo-nos para cumpri-lo, graças à presença de Cristo conosco e com a força que seu Espírito nos provê.
O apóstolo João escreveu no início da sua primeira carta a respeito dessa comunhão:
Contamos a vocês o que vimos e ouvimos para que vocês estejam unidos conosco, assim como nós estamos unidos com o Pai e com Jesus Cristo, o seu Filho. Escrevemos isso para que a nossa alegria seja completa. 1João 1.3-4.
Todo esforço dos filhos de Deus promove esta comunhão e produz esta alegria.
#3. A ALEGRIA DO SOFRIMENTO
Pode parecer estrando falar desta alegria para quem não entrou ainda em Cristo. Mas é preciso ser bem informado quanto à natureza do seguimento de Cristo. O Senhor nos chama a negar-nos a nós mesmos e carregar a nossa cruz a fim de segui-lo. Ele nos leva até a cruz para sofrer com ele pela salvação dos outros.
Dessa maneira, até o sofrimento tem propósito. Tudo faz sentido. Podemos não entender tudo o que acontece conosco, mas sabemos que Deus trabalha sempre — sempre! — para o bem de todos e para cumprir o seu plano eterno. Em Cristo ficamos no centro deste plano. Nossos sofrimentos contribuem para o progresso do evangelho.
Paulo disse em Colossenses 1.24:
Agora eu me sinto feliz pelo que tenho sofrido por vocês. Pois o que eu sofro no meu corpo pela Igreja, que é o corpo de Cristo, está ajudando a completar os sofrimentos de Cristo em favor dela.
Esta atitude não é apenas de um apóstolo, mas sim de todos os seguidores do Senhor. Neste ponto merece reflexão o artigo do irmão Valdir: “Coparticipantes nos sofrimentos de Cristo”.
#4. A ALEGRIA ETERNA
Nada pode tirar do seguidor de Cristo a sua alegria, porque ela é celestial e eterna. Disse o profeta Habacuque, em 3.17-18:
Ainda que a figueira não floresça,
nem haja fruto na videira;
ainda que a colheita da oliveira decepcione,
e os campos não produzam mantimento;
ainda que as ovelhas desapareçam do aprisco,
e nos currais não haja mais gado,
mesmo assim eu me alegro no SENHOR,
e exulto no Deus da minha salvação (NAA).
O que era verdade na antiga aliança se torna mais ainda em Cristo. O salmista afirmou no Salmo 16.11:
Tu me mostras o caminho que leva à vida. A tua presença me enche de alegria e me traz felicidade para sempre.
Pois no Céu Deus tirará tudo o que causa dor e aflição:
Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram. Apocalipse 21.4.
Que promessa maravilhosa para o povo de Deus! No presente vivemos “entristecidos, mas sempre alegres” 2Coríntios 6.10; na eternidade, porém, sentiremos pura alegria, sem mistura de tristeza ou dor.
Quem não deseja isso?! Façamos o que for necessário hoje para recebermos no final esta alegria eterna.
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