Visita em congregação familiar

Lembro-me de um jornal da irmandade cujo editor registrava e descrevia suas visitas, junto com a sua esposa, a congregações no estado onde morava. Isso algumas décadas atrás. Embora às vezes as descrições parecessem um pouco idealistas, eu gostava muito de lê-las.

Nesse espírito queria descrever um pouco a nossa visita ontem à noite à congregação de Pine Knot, da qual fazem parte minha mãe, irmã e cunhado. Minha irmã publica o informativo semanal. De uns tempos para cá, a congregação começou a ajudar o nosso trabalho no Brasil, além de outros serviços.

O prédio da congregação fica a alguns quilômetros fora da minha cidade natal numa área rural, embora rapidamente sendo urbanizada. O pessoal é simples, mas tem gente com boas condições financeiras. A congregação tem uma frequência em torno de 40 pessoas em determinado domingo e, nos estudos nas quartas-feiras, não chega a 20. (Hoje em dia, os frequentadores de cultos preferem congregações maiores, onde são servidos com programas diversos e múltiplos “ministros” para fazer o trabalho das famílias.)

Alguns irmãos da congregação conheço desde os anos 70, quando minha família participava de uma congregação dentro da cidade.

O pregador da congregação, David, tem empresa própria e serve à congregação no ensino e pregação na medida do possível. Sua esposa espera um transplante de pulmão nas próximas semanas ou meses; favor, orarem por Vanessa.

A congregação é bem antiga, tendo iniciado em 1841. (Ver fotos aqui, depois das informações do pregador.) Fica num município com umas 20 congregações, e obras de irmãos que incluem uma pequena faculdade, um colégio e um orfanato, situação rara para qualquer lugar. Nossa família morava na roça, no norte do município, e não frequentei nem o colégio nem a faculdade (mas entrei em outra faculdade em outro estado).

O professor da aula de ontem, Gary, é casado com uma amiga da minha irmã, as duas andavam juntas como jovens solteiras. Ele ensinou parte do capítulo 19 do livro de Atos. Entre congregações fiéis, o livro continua sendo um favorito, por razões óbvias. Como introdução Gary mencionou o seu trabalho como professor da Escola Bíblica Mundial.

Depois da aula, com bastante participação de irmãos, David trouxe uma meditação no final para oferecer convite a quem precisava obedecer ao evangelho ou pedir orações da congregação. Mencionou que, por coincidência, durante um momento de pausa no dia dele, leu parte de um livro meu sobre as escolhas da vida. O livro fica na mesa dele para consulta. Minha mãe lhe tinha dado o livro como presente.

O irmão Richard dirigiu de forma competente vários hinos no início do período e mais dois no final. Ainda utilizam um hinário publicado por irmãos. Nada de telão.

Alguns dizem que tais congregações, pequenas e sem recursos ou “ministérios”, estão morrendo, cedendo lugar às maiores. É sem dúvida uma tendência, mas não vejo como sinal de progresso. Perde-se o espírito de família, dificulta a expressão do amor fraternal. A congregação de Pine Knot enfrenta dificuldades, mas mantém um ambiente que sempre foi presente de intimidade fraternal e alegria no Senhor.

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