O irmão Jack P. Lewis ministrou um estudo em 2003 numa sociedade bíblica, sobre o homem criado à imagem de Deus. Seu segundo ponto sobre isto é que o ser humano é um ser moral. Abaixo, a tradução sem as notas de rodapé:
Wayne Grudem identifica como um dos aspectos da imagem de Deus que o homem é moral. Irineu entendeu que a imagem de Deus incluía um aspecto volitivo, incluindo tanto a liberdade quanto a responsabilidade inerente a tal. Muitos escritores concluíram que a *imago Dei* inclui alguma relação com a justiça do homem (Calvino), sua “vontade” (Erickson), seu ser volitivo (Letham), ou qualquer uma de uma série de ideias relacionadas ao homem como alguém que tem a capacidade e a responsabilidade de fazer escolhas.
Os termos “moralidade” e “ética” não são usados nas nossas versões bíblicas. “Moral” aparece somente uma vez ou outra em versões mais recentes. Nas citações do irmão Jack, ele liga a natureza moral do ser humano à sua capacidade de fazer escolhas, de levar adiante suas intenções, de exercer sua vontade, para o bem ou mal. Isso sim aparece em todas as páginas da Bíblia. O ser humano foi criado com a capacidade e a responsabilidade de tomar decisões que refletem a vontade de Deus.
Javé Deus tomou a decisão de criar: “Façamos!” Ele decidiu redimir o homem pecador, em vez de largá-lo para sofrer as consequências eternas da sua desobediência. Ele resolveu chamar Abrão para ser pai do seu povo. Ele enviou seu Filho à terra como sacrifício pelos pecados.
O Senhor criou o homem assim também. No jardim de Éden, colocou duas árvores no meio para testar a determinação do primeiro casal. Adão e Eva tiveram que decidir entre a obediência e a desobediência sempre que iam comer da árvore da vida.
Por “moral”, então, refere-se às escolhas e decisões em geral, e não apenas em relação ao que normalmente se pensa em termos de sexualidade, honestidade, justiça e retidão.
E o que se fez em relação ao “aspecto volitivo”, isto é, com a capacidade de escolher? Uma rápida análise da palavra “vontade” oferece uma pista. Em vez de ser um processo de análise lógica e raciocínio em torno das Escrituras, que revelam a vontade de Deus, para depois escolher o que fazer, a vontade virou sentimento e decisão num só pacote.
Alguém, por exemplo, não vai na reunião da congregação porque não “sentiu” a vontade. A pessoa é conduzida pelo sentimento, ou emoção, que determina automaticamente a decisão. O aspecto volitivo foi engolido pelo aspecto emocional.
Os sentimentos e a emoção têm seu lugar, mas eles invadiram o campo do aspecto volitivo e o tomaram refém. Jesus nos chama a restaurar em nosso interior a moral, a escolha, a vontade. Porque ele nos criou à sua imagem.
Mas Pedro e João lhes disseram: —Vocês decidam se é certo diante de Deus obedecer a vocês ao invés de obedecer a ele. Atos 4.13 VFL.
One Comment
Esclareceu meus questionamentos sobre um tema complicado..
Obrigada, Randal