Nas congregações de Jesus Cristo a ênfase está no pensamento e na mente.
Por meio da renovação da mente se transforma: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” Rm 12.1-2. Convém concluir, portanto, que se deve dedicar grandes esforços à renovação da mente.
Pois a chave da vida em Cristão está no pensamento. Paulo nunca nos ordena a sentir algo, mas deixa claro como devemos pensar: “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” Fp 4.8 (grifos nossos). Paulo se alegra por termos a mente de Cristo, 1Co 2.16.
“Aqui se requer mente sábia” para compreender a revelação de Deus, escreveu João em Ap 17.9, um alerta que serve não somente para o livro que escreveu, mas para todo o plano de Deus.
Na sua segunda carta, Pedro escreveu que, nas duas epístolas, procurava “despertar com estas lembranças a sua mente sincera para que vocês se recordem das palavras proferidas no passado pelos santos profetas, e do mandamento de nosso Senhor e Salvador que os apóstolos de vocês lhes ensinaram” 2Pd 3.1b-2. Isso porque os discípulos precisavam de uma “mente preparada” 1Pd 1.13.
Paulo queria evitar que a mente dos coríntios fosse “corrompida” pelas doutrinas diversas e pelas divisões ocorridas entre eles, 2Co 11.3. Pois ele sabia que a batalha espiritual era uma guerra contra a mente, Rm 7.23, 25, 8.5.
Uma das grandes marcas da nova aliança foi de Deus poder escrever na mente (e no coração, aqui funcionando como sinônimo, em paralelismo, à mente) a sua lei, Hb 8.10, 10.16. Vez após vez, os escritos sagrados usam a frase: “tenham em mente”, seguindo o uso de Jesus: “Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou” Jo 15.18. (A frase é tradução do verbo grego: ginōskō.) Com a mente, compreendemos as verdades divinas, aplicamos os mandamentos do Senhor e preparamo-nos para a perseguição e os sofrimentos que fazem parte do reino de Deus aqui na terra.
A reunião dos cristãos, portanto, deve frisar a renovação, à capacitação e o reforço da mente.
Este texto foi tirado de uma obra em preparo faz anos: De cidade em cidade.