Temos a mente de Cristo?

Um autor inglês, cuja obra foi traduzida para o português em 2006, começou-a com esta frase: “Não existe mais uma mente cristã”.

Falando do contexto protestante britânico nos meados do Século 20, ele não viu, evidentemente, uma diferença entre os adeptos da sua religião e a mente secular das pessoas em geral ao seu redor. (Espero ler o livro ainda.)

Falemos agora do nosso contexto, o dos cristãos, no Brasil em pleno Século 21. Temos a mente de Cristo? Há evidências que sugerem que, em muitos lugares e não poucas congregações, pode-se fazer a mesma declaração do autor acima.

O secularismo, o hedonismo, o materialismo, a superstição, o relativismo, o teologismo, o ecumenismo, o emocionalismo e tantas outras correntes de pensamento se misturam na sociedade e formam um bloco poderoso contra a formação entre os discípulos da mente de Cristo.

Entre as suas muitas facetas, pode-se delinear a mente de Cristo sob três aspectos.

A SOBERANIA DE DEUS. Deus está no controle de tudo. Ele guia a História para o fim por ele determinado. Ele trabalha hoje para ser glorificado em seus filhos. Seu propósito para conosco é benéfico e isso inclui a justiça e o castigo do mal. Determinou o dia em que julgará todos conforme suas obras e palavras. Instrui como viver em comunhão com ele, com temor e tremor, com amor e gratidão.

A mente de Cristo celebra a soberania de Deus.

A MISSÃO DE CRISTO. Cristo veio à terra para salvar as pessoas do castigo que merecem por causa dos seus pecados. Veio restaurá-las à presença gloriosa de Deus, para a qual foram criadas. Como Filho unigênito do Pai, deu a sua vida como resgate pelas transgressões e estabeleceu a igreja como a família da fé, para dar continuidade à sua missão de salvação.

A mente de Cristo cumpre a missão de Cristo.

A COMPREENSÃO DO ESPÍRITO. O Espírito Santo revela o perfeito plano de Deus e mostra qual o modelo de vida e fé que deve ser seguido. Junto com esta revelação, encontrada exclusivamente nas Escrituras Sagradas, ele capacita o discípulo a pensar os pensamentos de Deus, a viver a vida de Cristo e a servir ao próximo a fim de conduzi-lo ao Senhor. Ele forma a comunidade dos santos; nela, é cultivada a mente de Cristo.

A mente de Cristo compreende a revelação do Espírito.

CONCLUSÃO. Por meio da submissão à soberania de Deus, da participação na missão de Cristo e da comunhão em torno da compreensão do Espírito, teremos a mente de Cristo.

Dessa maneira, poderemos falar como Paulo: “Nós, porém, temos a mente de Cristo” 1 Coríntios 2.16.