POR JUNIOR PONSO ─ Em Atos 19.18-20 encontramos o relato de pessoas que, após ouvirem sobre o poder de Deus agindo por intermédio de Paulo, abandonaram sua vida de pecado e aceitaram o nome de Jesus.
Essas pessoas, diz o texto, eram praticantes de artes mágicas que viviam em Éfeso, uma grande cidade tomada pela idolatria e famosa por seus cultos pagãos. Deus, através de Paulo, vai mostrar seu poder naquela cidade e muitos irão se arrepender de suas práticas pecaminosas.
ARREPENDIMENTO PRODUZ FRUTOS
Aqueles que ouviram o que Deus estava fazendo na cidade, após terem conhecimento que estavam no erro, se arrependeram e, mais do que isso, demonstraram esse arrependimento através da confissão desses erros e confessando aos outros que eles eram pecadores. O verdadeiro arrependimento traz atos concretos que o demonstram.
AMULETOS
Essas pessoas perceberam que estavam vivendo no erro e, no caso deles, os livros que usavam para praticar suas artes mágicas lhes serviam como amuletos, palavra que veio do latim e basicamente se refere a algo que pode livrar do mal e proteger de influências maléficas. Ao reconhecerem o erro e se arrependerem, não se importaram em queimar esses livros como prova de que estavam deixando para trás o que faziam.
O PREÇO NÃO IMPORTA QUANDO A CAUSA É MAIOR
O texto nos mostra que o valor desses livros que foram queimados chegava a 50.000 denários. O denário era uma moeda romana que era o valor pago por 1 dia de salário de um trabalhador; portanto, esse valor era o equivalente a 50.000 dias de trabalho, o que dá aproximadamente 137 anos! Uma quantia absurda. Mas eles não se importaram com isso.
Essas pessoas de Éfeso se depararam com uma verdade bíblica clara e cristalina. Ao se deparar com seus erros e se arrepender verdadeiramente algumas coisas podem nos custar caro. Mas a grande questão é se estamos preocupados com o que é material ou com o que é a verdade. Se nosso coração realmente está voltado para Deus, tudo o mais deixa de ter valor, por mais que antes ela nos parecesse tão valiosa.
Também somos chamados a pensar sobre os “nossos” amuletos. Eles não são só aqueles clássicos como pé de coelho, figa e outras coisas do tipo. Também pode ser aquela antiga tradição de pular 7 ondas, carregar uma nota de dólar ou sementes de romã na carteira, usar sempre aquela mesma “roupa da sorte” ou se vestir de branco na virada do ano. Às vezes o nosso amuleto está muito mais arraigado ao coração que muitas vezes nem o percebemos.
Mas ao compararmos isso com o nosso arrependimento sincero, tudo será retirado de nossas vidas e queimado, mesmo que não fisicamente, mas representativamente. Basta que tenhamos a visão correta do que Deus quer para nós. Nada dessa vida é maior e mais precioso do que um coração puro, limpo e dedicado a Deus, mesmo que o preço a ser pago nos pareça tão alto.
Nada em nossas vidas pode ser tão alto que ultrapasse a altura da cruz de Cristo.
Junior serve a Cristo na congregação em Santo André SP, junto com a esposa Simone.
