O termo “discípulo” significa “seguidor” e se refere a qualquer cristão, sinônimo de crente (fiel) ou irmão. “Apóstolo”, por sua vez, significa “mensageiro”, e se refere aos doze homens que Jesus escolheu como fundamento da igreja, Efésios 2.20; 3.5; 2 Pedro 3.2.
Para ser apóstolo de Cristo, um homem tinha de cumprir algumas qualificações. Ao falar de substituir Judas, Pedro disse que foi “necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado dentre nós às alturas. É preciso que um deles seja conosco testemunha de sua ressurreição” Atos 1.21-22.
Por isso, falamos hoje nos “doze apóstolos”, seguindo o uso de Apocalipse 21.14. Nos evangelhos, o número “Doze” é usado para ser referir a este grupo, João 6.67; 1 Coríntios 15.5; ver Marcos 3.14; Lucas 6.13.
Além dos apóstolos de Cristo, há menção de alguns homens conhecidos como “mensageiros” de congregações. Quer dizer que eles tinham sido enviados por congregações para uma determinada tarefa. Paulo mencionou alguns irmãos que eram “representantes das igrejas” 2 Coríntios 8.23. Aos filipenses, Paulo descreveu Epafrodito como “mensageiro [lit., apóstolo] que vocês enviaram para atender às minhas necessidades” Filipenses 2.25.
Mas o termo “apóstolo” (que vem diretamente da língua grega: apostolos) é usado muito mais no sentido dos Doze.
Resumindo: todo apóstolo é um discípulo, mas nem todo discípulo é um apóstolo.
Artigo publicado na revista Edificação, em fevereiro de 2012.