Confie no SENHOR de todo o coração; não dependa de seu próprio entendimento. Provérbios 3.5 NVT.
Abraão e Sara receberam do Senhor Deus uma promessa maravilhosa, boa demais para acreditar. Eles teriam um filho. A promessa era tão boa que pensaram que Deus precisava de uma mão para ser realizada, porque estava demorando para ser cumprida. Um verdadeiro desastre resultou da sua estratégia.
A NBV amplia a segunda parte da frase: “não se apoie na sua própria capacidade e entendimento”. Há culturas e personalidades pró-ativas, sempre prontas para arregaçar as mangas e partir logo para resolver as coisas. Talvez Sara fosse uma pessoa assim. Ela se apoiava na sua própria inteligência e atitude.
Tem gente hoje que pensa que Deus precisa de uma mão para realizar a evangelização do mundo. Turbina as reuniões com efeitos especiais, introduz música que mexe com as emoções, cria entidades e instituições para fazer a obra da igreja, abaixa as exigências do seguimento de Cristo, redefine os termos do arrependimento.
A confiança em Deus precisa ser total, não parcial. Não podemos confiar até certo ponto. É exatamente além da nossa compreensão ou da nossa paciência que entra a confiança nele. Confiança é um aspecto da fé, que se faz presente na hora de não chegar nada e de não enxergar nada. Por isso, o texto diz: “Confie no SENHOR de todo o coração”. A nossa confiança em Deus não pode ter limite, prazo nem condição.
É pobre a capacidade humana para entender, compreender ou perceber a mão de Deus e sua intenção para conosco. A história divina abunda com exemplos disso. O povo de Israel achou que se resolvia problemas políticos e militares com soluções do mesmo nível, por meio de tratados, diplomacia e blocos supra-nacionais. Sempre se deu mal. Tornou-se alvo da disciplina de Javé. (Este nome divino está por trás da palavra “Senhor” no texto de Provérbios 3.5.)
Ainda complicam a obra do Eterno as motivações, impulsos e paixões do ser humano. Difícil é agir com pureza de coração. “O coração humano é mais enganoso que qualquer coisa e é extremamente perverso; quem sabe, de fato, o quanto é mau?”, disse o profeta Jeremias (17.9 NVT).
A tendência é seguir a orientação divina somente quando concorda com a lógica humana ou as inclinações carnais. O crente não deve “encostar”, isto é, encontrar apoio, no seu próprio entendimento. Na melhor das hipóteses, o entendimento humano é falível, inconstante e incerto (Smith 1996, 487).
O capítulo 3 de Provérbios começou falando de guardar as “instruções” e os “mandamentos” do Sábio, que passava para o jovem o ensino do Senhor, v. 1. Assim, ele conseguiria “o favor e a aprovação de Deus e das pessoas” (VFL).
Novamente, a solução é retornar sempre à Palavra de Deus e aos mandamentos dele e, para nós hoje, de Cristo. Resta apenas responder à pergunta: Até que ponto confio no Senhor?
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