O apóstolo Pedro é o único escritor do Novo Testamento a usar o termo “irmandade”, 1 Pedro 2.17; 5.9. Muitas versões não traduzem dessa forma, mas é um termo coletivo. No primeiro caso, Pedro escreveu: “Honrem a todos, amem a irmandade, temam a Deus, respeitem ao rei” (TBr).
Como amamos a irmandade? Aqui estão quatro maneiras.
Amem a irmandade defendendo a verdade que a define e forma.
A irmandade é definida por aqueles que creem na verdade e a obedecem. Há aqueles entre nós que querem confundir os limites. Eles querem mudar quem somos. Eles devem ser resistidos e silenciados.
Qualquer leitura superficial do Novo Testamento, desde Jesus até João, e dos escritores intermediários, notará uma distinção clara entre aqueles que estão em Cristo e aqueles que estão fora de Cristo. Mesmo alguns que afirmam estar nele, na verdade, não estão. A verdade é a linha divisória.
Amemos a irmandade amando a congregação da qual fazemos parte.
Algumas pessoas falam que amam a humanidade, mas não amam os humanos próximos a elas. O amor à irmandade não deve ser uma ideia abstrata. O amor fraternal na prática é o nosso sinal para o mundo.
Para praticar o amor fraternal, demonstrado na família da fé, fomos purificados do pecado. Todas as virtudes maravilhosas de paciência, preferência, hospitalidade, perdão e serviço são melhor demonstradas em nossa congregação local.
Amemos a irmandade ampliando suas fronteiras.
A renovação espiritual entre nós vem por meio de aumentar o nosso número. Os progressistas adoram falar sobre renovação, mas é um exercício subjetivo e egoísta. Se a irmandade for importante para nós, desejaremos que seja vigorosa e viva. Queremos que ela cresça em tamanho. Faremos a nossa parte na evangelização de terras por perto e terras de longe. Glorificaremos a Deus deixando brilhar a luz do evangelho.
Amemos a irmandade temendo seu Criador.
Os dois elementos externos do versículo acima (“Honrem a todos […] respeitem ao rei”) estão ligados, assim como os dois elementos internos: “Amem a irmandade. Temam a Deus”. Temer a Deus significa, em termos práticos, obedecê-lo. É por isso que Jesus disse:
“Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus” Mateus 5.19.
Esses comparativos refletem a linguagem rabínica. “Menor” significava ser indigno. Uma ou duas versões bíblicas indicam isso. Mace é um deles, e embora a sua tradução seja antiga, está certo: “qualquer que, portanto, violar qualquer mandamento, mesmo que seja de menor importância, e ensinar os homens a fazê-lo, não terá a menor [possibilidade de] admissão no reino do Messias ….”
A versão: O Livro, publicada pela associação Biblica*, acerta em cheio: “Portanto, quem quebrar um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar outros a fazer o mesmo, esse será indigno do reino dos céus (…)”.
Ralph Earle toma outro rumo, mas também chega lá: “A solução está em traduzir a frase dessa maneira: ‘em relação ao reino dos céus’; isto é, em relação ao Reino ele seria o último, deixado de fora” (Beacon Bible Commentary, vol. VI, pág. 73).
Por que esta ênfase aqui na obediência? Porque os progressistas (e alguns entre nós) odeiam isso. Aqueles que amam a irmandade temem a Deus e fazem tudo ao seu alcance para obedecer e ensinar o que o Senhor ordena.
Amemos a irmandade. É a única que temos, um presente precioso do Senhor.
Este artigo meu foi traduzido e adaptado do site: Forthright.
(*) Atualizada: A versão: O Livro, é publicada por Biblica e não pela Sociedade bíblica de Portugal.