Nota: A seguinte matéria fará parte de um novo capítulo na segunda edição do livro: As palavras da fé, sobre o sofrimento.
As pessoas foram condicionadas a crer que a religião é a forma de escapar da dor e do sofrimento. Os religiosos percebem o desejo da maioria e oferecem supostas soluções, sempre por um preço alto, é claro. As assim-chamadas “igrejas” prometem uma existência livre de problemas, repleta de bênçãos materiais e físicas, com relacionamentos fáceis e uma vida de sucesso em todas as áreas.
A oração de Jabes é popular até hoje: “Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores” 1 Crônicas 4.10. O cronista enfatizava o Deus que ouvia orações, mas a oração dele “não é oferecida como modelo nem como garantia de prosperidade” (TLSB 636), nem de livramento de sofrimento. Sua oração foi baseada nas promessas da aliança mosaica. As promessas de Deus em Cristo são “grandiosas e preciosas”, maiores do que as anteriores, pois por meio delas possamos nos tornar “participantes da natureza divina” e assim escapar “da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça” 2 Pedro 1.4. Mas a religião popular encravou a cobiça como busca principal. Cristo nos oferece o “pleno conhecimento” do Pai celestial, v. 3. Podemos conhecer intimamente o Deus eterno.
A presença do sofrimento no mundo tem sido grande empecilho para muita gente. Pensam assim: “Se Deus é poderoso e bom, por que permite que o sofrimento, a dor e a morte existem ainda no mundo?” Quando se abre as Escrituras, porém, a perspectiva muda. Deus é tão bom que permite que as consequências do pecado, como o sofrimento, continuem existindo porque ele é paciente e quer a nossa salvação. Diferente de nós, ele tem a visão eterna em mente. Deus é tão poderoso que utiliza o que nós produzimos de ruim (pecado, sofrimento e morte) para realizar a nossa redenção e santificação. Tudo isso fica evidente especialmente na vida e na morte de Jesus Cristo.