POR KERRY DUKE ─ “O que os rabinos dizem?” Foi isso que os judeus disseram quando havia uma questão religiosa nos dias de Jesus.
A palavra dos escribas e fariseus carregava peso. Mas, dependendo deles, as respostas provaram ser desastrosas. Esses estudiosos da Bíblia discordaram uns dos outros e isso deixou as pessoas ainda mais em dúvida. Eles colocaram suas explicações tradicionais acima das Escrituras, Mt 15.1-9. Uma das primeiras coisas que Jesus fez no sermão da montanha foi expor as interpretações parciais e egoístas desses professores, Mt 5.19-48.
Nos anos 1700 e 1800, pensadores brilhantes na Alemanha começaram a analisar o texto da Bíblia em um plano supostamente mais alto. Esses escritores foram aclamados como grandes estudiosos. Mas eles negaram a inspiração da Bíblia. Argumentaram que os livros do Antigo Testamento haviam sido escritos e reescritos e editaram inúmeras vezes ao longo dos séculos. Assim, segundo eles, não podemos dizer que Moisés escreveu a Lei ou que Isaías escreveu o livro de Isaías. Tragicamente, seminários e faculdades bíblicas na Europa e na América ouviram esses “especialistas”. Essas opiniões atormentam as escolas religiosas até hoje, mesmo em algumas universidades apoiadas pela irmandade.
Este é um problema crescente na igreja. Nosso povo, especialmente os jovens cristãos, está ouvindo pastores conhecidos. Eles admiram seu conhecimento e sua capacidade de se comunicar. Eles citam essas pessoas como suas autoridades. Eles veem quantas pessoas seguem esses oradores e escritores dinâmicos e pensam que devem estar fazendo algo certo. E, talvez o mais intrigante, eles estão admirados com a nova abordagem que esses líderes oferecem para interpretar a Bíblia ─ algo novo e diferente!
Animados por essa pseudo-espiritualidade, eles gradualmente trazem essas ideias para dentro das congregações por meio de aulas da Bíblia, sermões, devocionais e mídias sociais. O resultado é sempre a divisão e são culpados como responsáveis pela divisão santos que se opõem a essa mentalidade carnal.
Alguns membros em Corinto ouviram tanto aos professores inteligentes de seus dias que acabaram negando uma das doutrinas mais claras e fundamentais do cristianismo: a ressurreição dos mortos, 1Co 15.12. Eles seguiram por esse caminho porque ouviram as mentes brilhantes do dia. Mas Paulo alertou que “a sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus” 1Co 3.19.
Não devemos estar em conformidade com o mundo, Rm 12.2. Devemos estudar a Bíblia para nós mesmos, At 17.11.
Kerry Duke é vice-presidente da Faculdade bíblica de Tenessi e autor de vários livros a respeito da Bíblia e do evangelho.
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