POR ARNALDO LOUZADA ─ O que ensinaram os gnósticos dos Séculos I e II?
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Diziam que Jesus não veio em carne, pois acreditavam que a matéria era má (ou que negava a encarnação de Cristo).
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Negavam que Jesus era o Cristo, separando a identidade de Jesus, homem, do “Cristo divino”.
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Afirmavam ter um conhecimento secreto (gnose) que os tornava espiritualmente superiores.
Isso entra em choque direto com o que João escreve em 1 João 4.2-3:
Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus, mas é o espírito do anticristo.
Ligação com o ‘Pecado para Morte’
O “pecado para morte” pode ser interpretado como uma apostasia deliberada e irreversível, especialmente a negação da identidade e obra de Cristo. João fala fortemente contra os que “saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos” 1 João 2.19, indicando que esses falsos mestres não apenas rejeitaram a fé verdadeira, mas tentaram enganar outros crentes.
Por isso, João pode estar dizendo que, para aqueles que chegaram a esse nível de rebeldia e perseverança contra a verdade (como os gnósticos que negaram a divindade de Cristo), a oração já não teria efeito, semelhante ao que Deus disse a Jeremias sobre Judá.
Evitemos a rebeldia e não resistamos à Palavra de Deus; importa não ultrapassar os limites estabelecidos, Dt 29.29; 1Co 4.6; 2 João 9; João 12.48.
Reflita e que Deus te abençoe!
OBRAS CONSULTADAS: 1. Comentário Bíblico Broadman oferece análises elaboradas das epístolas joaninas. 2. The Epistles of John, FF Bruce, que discute o contexto do gnosticismo primitivo. 3. As Cartas de João, I. Howard Marshall (NICNT). 4. Introdução ao Novo Testamento, DA Carson e Douglas J. Moo, com frascos sobre heresias combatidas nas cartas joaninas. 5. Comentário Bíblico Moody fornece insights sobre o "pecado para morte" em 1Jo 5.16.