‘Precisamos restaurar a restauração’

Em 1949 um mestre na igreja de Deus observava sinais preocupantes. Muita gente tinha aprendido o modelo bíblico e dedicando-se, com muito custo, a seguir apenas as Escrituras para a fé, a missão e a adoração. O irmão escreveu:

“Quanto ao motivo pelo qual estamos tendo interesse renovado na história da restauração, isso também não é difícil de ver: os homens corromperam novamente seus caminhos, esqueceram-se de Deus e colocaram seus pescoços sob o jugo da autoridade humana. Precisamos de outra restauração. Precisamos restaurar a restauração. Outro rei surgiu que não conhecia José” (G.C. Brewer, Foundation facts and primary principles, pág. 45).

Em cada geração é necessário retornar à fonte da fé. Alguém disse que estamos apenas a uma geração da apostasia. A vida em Cristo não é herdada pelos pais. A verdade não se transmite sem o ensino. Por meio do ensino do Caminho, da Verdade e da Vida, os jovens e mais pessoas entram em Cristo e encontram a forma que foi nos entregue para termos a justificação de Deus, Romanos 6.17-18 A21r:

“Mas graças a Deus porque, embora tendo sido escravos do pecado, obedeceram de coração à forma de ensino a que foram entregues; e, libertos do pecado, foram feitos escravos da justiça”.

A obediência à forma de ensino liberta do pecado. A conexão entre a obediência ao modelo original e a libertação do pecado é direta e clara.

Alguns querem mudar o modelo, torná-lo indistinto, trocá-lo por teologias e teorias humanas. Querem criar entidades e autoridades além das Escrituras. Se adotarmos essas, não seremos mais a igreja de Deus conforme as Escrituras, mas sim a “Igreja de Cristo Tradicional” com contornos, parâmetros, autoridades e características próprias ─ isto é, mais uma denominação.

Essa tendência não é de hoje. Desde os anos 90 ela já se manifestava na irmandade brasileira. No entanto, tem ganhado cada vez mais força, mesmo entre alguns que eram fiéis mestres na igreja.

Deus cuida da seu povo. Vai peneirando, disciplinando e purificando. Mostrará os aprovados, 1 Coríntios 11.18: “E é até necessário que haja partidos entre vocês, para que também os aprovados se tornem conhecidos entre vocês” (NAA).

Não há nenhum mérito na fidelidade. Não somos melhores que os outros por insistirem na sã doutrina. Contudo, somente por meio dessa lealdade à doutrina verdadeira é que salvaremos tanto a nós mesmos como aqueles que nos ouvem, 1 Timóteo 4.16.

Digo aos amigos e aos leitores que são de fora: nosso compromisso continua sendo o seguimento de Cristo por meio do seguimento da Palavra de Cristo. Convido a vocês também a considerar ele como Senhor e submeter-se à autoridade dele, sem as interpretações humanas e as tradições religiosas. Sejamos todos livres do mal por meio da escravidão de Cristo.

Somente pelo retorno às fontes originais do Novo Testamento e pela estrita obediência aos mandamentos de Cristo é que seremos salvos.

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