Uma obra devocional começou o ano com uma reflexão sobre o amor de Deus. O texto escolhido foi 1Jo 4.9-10. O termo propiciação é usado poucas vezes no NT, mas merece bastante atenção. Fiquei feliz com a reflexão do autor.
Faz tempo que estamos trabalhando numa obra dessa natureza, juntando meditações do antigo site: “Deus Conosco”. Ainda incluímos em cristaos.org meditações nesse estilo, nesta categoria do mesmo nome. Quem sabe se neste ano a obra chegue a ser concluída.
¶ Por falar no amor de Deus, um escritor menonita criticou outro por causa da sua ênfase na santidade de Deus. O escritor disse que o amor de Deus é acima da santidade e, como prova, citou 1Jo 4.8, 16: “Deus é amor”. Pelo jeito, esqueceu-se da afirmação de João, no início da mesma carta: “Deus é luz” 1Jo 1.5. Luz aqui se refere a Deus como santo, verdadeiro, puro e glorioso.
O escritor menonita cometeu um erro comum, o de enfatizar uma característica de Deus acima de outra. A Bíblia nos ajuda a ver Deus na sua plenitude. “Portanto, considere a bondade e a severidade de Deus” Rm 11.22.
¶ Um irmão amado não se refere às denominações como “igreja”. É corretíssimo nessa recusa, pois não são, conforme o significado bíblico. Ele as chama de empresas. E ele não é o primeiro a fazê-lo. Em 1971 um autor dos menonitas escreveu:
“Aplicamos os métodos de negócios à igreja. Transportamos as técnicas de vendas para o evangelismo. Adotamos cegamente métodos seculares de educação. Temos até algo que chamamos de escola dominical. Era uma vez o pastor do rebanho que vinha de um lugar reservado para oração e meditação. Agora ele vem de um seminário, lugar que toma a forma essencial da universidade. E assim mesmo a “adoração”, que era a celebração da forma de Cristo, tende a tornar-se a audição de um sermão que é mais ou menos modelado na forma da palestra”.
O último ponto não é tão válido hoje, pois desde então os cultos protestantes viraram baderna emocional, show de Hollywood, palco de estrelas, música no centro das atenções. E temos irmãos correndo atrás do estrelismo.
¶ Para o novo ano, resolvi que seria, para mim, o Ano da Verdade. A cada ano escolho um tema para enfatizar no meu ensino. Isso não é coisa que sugiro nem para a congregação, nem para a irmandade, afinal, quem sou eu para fazer declarações ou imposições nos outros. Em vez disso, é algo bem pessoal meu.
Em 2023, meu tema foi o Ano da Missão. Tenho um documento com esboços, artigos e palestras dentro desse tema. Quem sabe eu consiga completar as partes que faltam para colocar nas mãos dos interessados.
¶ Um irmão daqui me pediu levar mensagem no dia 31, último domingo do ano, e já aproveitei para pensar sobre “A verdade”. Quais as atitudes que devemos ter para com a verdade? Aqui vai meu esboço resumido:
- Conhecer a verdade, 1Tm 2.3-4
- Obedecer à verdade, 1Pe 1.22
- Viver (andar) a verdade, Gl 2.14
- Falar a verdade, Ef 4.15
- Defender a verdade, Fp 1.7 VFL
(Marquei o último texto com a Versão fácil de ler, mas no dia acabei usando a VFL em toda a mensagem, pois a congregação daqui descartou qualquer tentativa de todos utilizarem a mesma versão, para facilitar a compreensão. Aí me senti à vontade de deixar a NVI de lado na hora.)
¶ Escolhi este tema porque as pressões para a igreja abandonar a verdade crescem a cada dia. Vi isso durante longa viagem aos EUA (dois meses é muito tempo!) e já sabemos o quanto as congregações estão sendo influenciadas, mesmo por gente dentro do nosso meio, para se tornarem protestantes e imitarem suas práticas. Ver 1Sm 8.1-22.
¶ Ainda vou escolher um texto bíblico para o ano, para enfatizar o tema, mas correndo na frente desse boa disputa eleitoral é 2Jo 3: “A graça, a misericórdia e a paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, seu Filho, estarão conosco em verdade e em amor”.
¶ Espero ver muitos de vocês dentro em breve, no Congresso do Nordeste, a ser realizado este ano na Bahia, para considerar grandes princípios e a verdade sobre as sete congregações da Ásia. Ainda dá tempo de fazer a sua reserva.
